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LEÃO - POIS TAL É MINHA VONTADE!


Olá, Guerreiros da Luz! Todos bem?


Hoje chegamos ao quinto signo da roda zodiacal e, com ele, falaremos da consolidação do ego, falaremos do brilhar, falaremos da essência do próprio ser. Sim, estamos falando de Leão, O Rei dos Signos.


A cada ano no período mensal de 23 de julho a 22 de agosto, o Sol perpassa pelo quinto signo do zodíaco, Leão, o Fogo Fixo – entramos na segunda fase do verão, e, com ele, a estação encontra seu ápice! No ciclo anual da natureza é a culminação vegetal. O esplendor dos frutos, árvores cheias, maduras, à mostra, flores desabrochadas em definitivo, sob o mais brilhante sol do ano. Os antigos agora viviam sob a plenitude sazonal e a glória da maturidade.

Todo esse esplendor ficou tão entranhado no inconsciente coletivo que foi escolhida a mais majestosa das criaturas sobre a terra. O Leão, altivo, único, forte, corajoso, cujo rugido, mostra toda força a que veio – governar. Ele aparece em brasões de famílias tradicionais francesas, inglesas e outros reinos. É a figura escolhida por ordens de cavalaria e aparece nas artes desde a célebre Porta dos Leões, de Micenas até as obras modernas.



O hieróglifo do signo aparece com a cabeça do leão em perfil, de lado, enquanto uma enorme juba feito de uma curva; no sentido grafológico, é um movimento que parte de um centro e se alonga com amplitude.


Para compreender melhor o signo de leão, analisemos o caminho dos outros signos de maneira simbólica: Áries é o espermatozoide (espontâneo, viril e impulsionador), Touro é o óvulo (receptor, acumulador e administrador), Gêmeos é sua união (dual, multiplicador e contínuo), Câncer é a gestação (precavido, materno e gerador). Assim temos Leão, o surgimento, o nascimento, o aparecimento de uma nova unidade, a manifestação da vontade, a concretização de uma ideia que foi previamente concebida. Enquanto em Câncer, o homem está ainda alinhado à sua mãe pelo cordão umbilical, em Leão há o desprendimento, a autonomia. A individualização apresenta-se ao mesmo tempo que surge a consciência. Conquista última esta, onde o aparecimento do “eu” em sua linguagem revela o nascimento de uma Vontade e de uma liberdade pessoal.


Leão pertence a essência elemental do Fogo. Na trindade zodiacal do elemento, coloca-se como Fogo-Fixo, entre o Fogo Cardinal de Áries e o Fogo Mutável de Sagitário. Três termos de um mesmo estado: faísca-CHAMA-cinzas ou calor-LUZ-fusão.


Do ponto de vista do hermetismo, a energia pulsante do Fogo Fixo é o Fogo dentro da Terra. Fogo, hermeticamente, é a Vontade e a Qualidade Fixa é a Concretização. CONCRETIZAÇÃO DA VONTADE é sua palavra chave. É a pessoa que busca manifestar sua intenção no mundo físico.


Em termos de contraposição ou oposição, temos Aquário como seu polo contrário. Essa dialética trabalha com o caminho percorrido da independência à liberdade, da auto aceitação para a aceitação do outro. Em leão está o culto à MINHA VONTADE SOBERANA. Em Aquário está a soberania da VONTADE DO OUTRO, a liberdade, a originalidade.


Com tantos atributos de soberania, fica evidente o porquê os leoninos tem fama de egoístas. Mas esses atributos devem sempre passar pelo filtro das Oitavas. Nas Baixas é aquela pessoa que têm a melancia no pescoço, que quer aparecer e se fazer notar a qualquer custo, egocentrado, quer ser o centro dos multiversos. Um parêntese, pessoas assim, eu gosto de chamar não de sol, mas de buraco negro, pois de tão tóxicas, acabam sugando tudo para si.


Nas Oitavas Altas, são pessoas criativas, que querem manifestar seus pensamentos por meio das artes gerais, do teatro, do brilhar, da fotografia, do aparecer. Nas Oitavas Elevadas são aqueles que é impossível de se notar. Uma majestade nos dias atuais – não por títulos, mas por valores elevados.


O planeta regente não poderia ser outro senão o deus mais cultuado em toda história da humanidade – o Sol. Todos os heróis ou semi-deuses cultuados tem como o Sol a origem de sua força. Como Sansão (filho de um Anjo e uma mortal), sua força é tirada de seus cabelos, que simbolicamente são os raios solares assim como a juba do Leão. Hércules, que vestia a máscara do leão de Neméia (filho de Zeus e uma mortal), assim como o Sol, cumpriu 12 trabalhos (atravessando os 12 signos) para poder retornar ao Monte Olimpo.


Jesus (filho de Deus e uma mortal) teve 12 discípulos, venceu a morte e está sentado à direita do Deus-Pai-Todo-Poderoso (o Leão da Tribo de Judah). Todos esses heróis possuem um atributo arquetípico do Sol e, por conta disso, carregam consigo a marca da realeza de Leão.


Na Árvore da Vida, Tipheret (o Sol) encontra-se no centro da estrutura sagrada, onde as demais Sephiroth (Esferas) orbitam em perfeita harmonia. Seu número correspondente é o 6, que representa a harmonia ou o ser humano perfeito, que desdobrou-se em seu íntimo e atingiu o Cristo Interior. Do ponto de vista psicológico, O Sol simboliza a instância psíquica que os psicanalistas chamam de superego, ou seja, a função do ser humano que, ao longo da vida, perpetua as diretrizes morais e as defesas derivadas da educação, em particular da influência paterna.


Na história, o Sol é um centro criador. Frequentemente é um herói nacional, aquele que se ergue da plateia como um modelo excepcionalmente brilhante e atraente a ser admirado e seguido. O homem que se faz por ele mesmo, o Cavaleiro de armadura brilhante, nos contos de fada. O Sol é, portanto, esse herói essencial que molda a humanidade com o seu exemplo, seu sucesso, suas explorações, como um indicador do que um humano é capaz de atingir no ápice de sua auto-reforma.


INDIVIDUALIDADE E INDIVIDUALIZAÇÃO

De todos os signos, sem dúvida alguma, Leão é o que mais sente a necessidade mais imperiosa de realizar a qualquer preço sua personalidade. Mas sua ação é multifacetada.

A forma inferior de Leão é chamada de individualismo. Ela acentua ao extremo a particularidade do indivíduo, opondo-se às obrigações e deveres coletivos. É o triunfo do egocentrismo e do Orgulho (defeito alquímico do Sol).


O HOMEM DE LEÃO


Apolíneo.

As coisas não são muito simples para o leonino do tipo APOLÍNEO por causa de seus conflitos internos. O domínio afetivo não é seu forte. Esse conquistador social e livre não concilia exercícios de guerra e de namoro. Como um herói, prefere permanecer-se lúcido e senhor de si; pode amar na glória, mas a partir do momento que o amor deixa de ser uma conquista, se torna vilão aos seus olhos, pois o escraviza e só se faz pensar em destruir o “humilhante” desejo que tem da mulher. Essa fácil tendência o incita a se tornar o clássico orgulhoso machista, desprezando-a, acusando-a de se ser um estímulo esterilizador de sua macheza, o que o levará a uma solidão empobrecedora.


Esse grande narcisista só ama a si mesmo e, não suportando a ideia de estar sempre solitário, acaba por entregar-se à “derrota” de dividir uma vida com uma companheira. Todavia, em vingança, ele suprime a mulher, tolera, e a mantém como um objeto de decoração. Coitada dessa mulher, se não tiver forças para livrar-se deste monstro, nas oitavas profundas...


Hercúleo.

O tipo HERCÚLEO, por sua vez, entrega-se de maneira homérica em seu amor, que é inserido também na vida social – seu campo de afirmação. Mergulha-se como um zangão entre as flores, sem pestanejar, sem deixar-se sóbrio, sem escrúpulos para satisfazer seu impulso erótico, avassalador e incontrolável. A mulher se apresenta como mais uma joia que ele deve colocar em sua coroa.


Em suma, o que acontece com mais frequência é a mistura em doses diferentes entre o Apolíneo e o Hercúleo – o que resulta numa forma mista de amar. É o caso notório do Luís XIV, que amou com dignidade e força.


Mas quando há uma dosagem desproporcional de uma força extravasante (Conjunção Vênus-Marte em Leão), temos, além do amor teatral e melodramático de uma sessão da tarde, encontramos apetites estranhos como o caso do vouyerismo, da exibição, do mostrar as intimidades em público, as praias de nudismo...


A MULHER DE LEÃO

É de se espantar que a mulher de Leão seja cuidadosa em matéria de amor? Este é como uma carta do seu jogo, que ela deixa reservada, não arriscando a não ser com conhecimento de causa, após colocar todos os pesos na balança. É o seu ZAP. Pois para a leonina, nada é mais perigoso que o amor, que desloca a unidade individual para realizar a unidade de um casal e, posteriormente, a da família.


Ora, estando bem claro para a leonina que o estabelecimento de suas vontades e de sua personalidade é um bem precioso, ela não vai se arriscar com qualquer otário que lhe aparecer com um buquê de flores. A leonina ocupa-se com o presente, com a vida que ela organiza e que é capaz de dirigir e operar pessoalmente; ela conduz o seu navio na direção de suas próprias ambições, mesmo quando se trata de um casamento ambicioso com alguém influente que lhe proporcionará fama, riqueza e prestígio – ela deve se assegurar que não será domada ou reduzida a um insignificante papel de “objeto sexual”. Ela jamais permitiria tamanha derrota.


Quanto mais bela é a leonina, mais sensual, mais astuta, mais voraz e dominadora, pois ela tem consciência de seu ZAP, de seu trunfo de sempre conseguir aquilo que ela quer.


LEÃO E OS PLANETAS


ASCENDENTE EM LEÃO – Projeta-se para o mundo segundo as necessidades do ego e sente-se confortável em estar no topo de uma relação de poder.


SOL EM LEÃO – Essencialmente é o Rei dos Signos. Majestoso, altruísta, benevolente e imperioso.


LUA EM LEÃO – É a exaltação da vida instintiva. É a natureza da efervescência daquele que se entrega vorazmente e se inclina à nobreza de suas paixões.


MERCÚRIO EM LEÃO – Faz prevalecer a inteligência leonina em seu estado mais claro e luminoso. Em síntese, visões amplas e espírito conquistador (Napoleão Bonaparte tinha Mercúrio em Leão)


VÊNUS EM LEÃO – Dá ao mundo das emoções a beleza das características leoninas, com as intempéries das relações dramáticas.


MARTE EM LEÃO – Revela a força agressiva do animal, com a boca aberta e dentes à mostra. O eu dispõe de uma força combativa e realizadora.


JÚPITER EM LEÃO – É a força leonina exteriorizada, expandida, dilatada e desabrochada, mas humanizada. O eu se impõe de maneira hipertrofiada ou majestosa. Ele determina a necessidade de governar (Paulo Maluf tem Júpiter em Leão).


SATURNO EM LEÃO – A autoridade de Leão está castrada aqui. Em exílio, essa posição lhe dá um aspecto “maldito” e conduz uma forma de desagregação, caso o eu não aceite se sacrificar. Torna-se tímido. Curso de oratória ou de teatro deve ser feito para a superação da “maldição saturnina”.


LEÃO E OS OUTROS SIGNOS


Leão e Áries – Conjugam espontaneamente seu dinamismo na afirmação de uma vontade que o segundo impõe e o primeiro estabelece limites.


Leão e Touro – Mais se machucam, se chocam, que se completam. Um quer dominar e o outro, possuir.


Leão e Gêmeos – Simpatizam-se rapidamente no movimento da ação e formam, por sua colaboração, a união da força e do espírito, da vontade e da inteligência.


Leão e Câncer – São tão diferentes quanto o Fogo e a Água.


Leão e Virgem – Acabam se distanciando. O primeiro pelo sentimento de grandeza e o segundo, pela inferioridade.


Leão e Libra – Têm em comum o sentido social, o caráter comunicativo e o humor fácil.


Leão e Escorpião – É o choque de duas forças tão poderosas quanto o leão e a águia.


Leão e Sagitário – Têm as afinidades do Trígono; fazem os melhores acordos para as realizações.


Leão e Capricórnio – Rivalizam-se em ambição. Um visando um resultado próximo e espetacular, o outro buscando o poder obscuro e longínquo. Quando se entendem, vão longe.


Leão e Aquário – Opostos/Complementares. O primeiro vive para si mesmo e o segundo, para os outros. O entendimento só é possível se o segundo submeter-se à vontade do primeiro.


Leão e Peixes – Não têm nada em comum. Não se entendem nem se atraem.


Essa é uma análise genérica. É preciso analisar os dois mapas em conjunto para ter uma percepção mais apurada.


E assim se encerra mais um capítulo dessa jornada. Agora que vimos que passamos pelo ápice do verão, na próxima semana, vamos analisar o fim do verão e a época de colheita. Virgem.


AUGUSTO ANDRADE

Facilitador Hermético e PONTO!

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